sábado, 16 de fevereiro de 2008

"Você não se perguntaria se iria restar algo de você?"

Eu nunca durmo
Com exceções, mas é tão difícil descansar
Fecho os olhos para dor
E abro-os com o corpo paralisado
Para andar tanto e achar que não fiz nada

Fecho os olhos para doer tanto
Por uma felicidade que inventei
Com as esquinas e as árvores
Com folhas caindo do meu cabelo
Eu não posso dizer
Não consigo dizer sem soar falso
As palavras choraram na minha mente
E foram levadas pelo tubarão
Que colocaram no brinquedo decadente do parque
Ele levou meu amor e deixou tudo vermelho
Sei, por isso, preciso matá-lo
Pela liberdade! Pela liberdade!
Aí, quem sabe eu lhe encontro
E nesse dia as palavras vão sair
Mas, quais são mesmo?
Eu nunca durmo
Com exceções, mas é tão difícil descansar
Mas, eu continuo andando...