sexta-feira, 31 de julho de 2009

Nostálgico




Não tem quando você é criança, cai, rala o joelho todo, fica aqueeela coisa linda :P e vai mostrar pra todos seus amiguinhos toooda orgulhosa? Meio que uma competição de machucados, arranhões, etc... então, até já grandinho quando um amigo chega com um machucado que parece ser "interessante" já bate aquela curiosidade e lá vai a perguntinha: "Deixa eu vê." Pronto, agora mesmo que se seu machucado não passar de um cortezinho de nada no dedo midinho tem como deixar mais legal ;P. Essa é a proposta do Scabs Bandages, bandeides "cordepeledelápisdecor" com estampas de sangues, vermes, aranhas e etc... O site vende a caixinha por $3,95. Pode me dar de presente! ;D

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gogol Bordello - Super taranta (2007)


Gogol Bordello é uma banda de gypsy punk (mistura de música cigana com punk rock, com uso de instrumentos como arcodeon, tamborim, etc). E essa combinação gerou um estilo de música beeem animado. Aqui nesse blog tem o álbum Super taranta de 2007 para quem quiser conhecer. Vale a pena.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Electric Wizard - Dopethrone (2000/2006)

Electric Wizard - Dopethrone (2000/2006)



Álbum fantástico de uma banda ducarai que estou escutando repetidas vezes :P
Electric Wizard é uma banda de stoner rock/ doom metal da Inglaterra. Gosto muito desse estilo de doom mais puro, com toque psicodélicos. Ahhh, e esse foi um dos álbuns relançados.
Procurando pela internet achei pra baixar por aqui e aqui. Mais se procurar tem mais lugares que se acha.
Também tem pra vender na Amazon. E em lojas com bom gosto. ;D




Pushing Daisies


Pushing Daisies

O que você faria se tivesse o dom de trazer os mortos novamente a vida? Maravilha, não? Sim,
é... Porém, isso se encaixaria melhor numa série religiosa de algum milagreiro. Então, você não tem o dom de trazer os mortos a vida simplesmente e acabou-se, felizes para sempre. ;P Você terá problemas para lidar, você descobrirá que após um minuto que o morto voltou alguém tinha que pagar por aquela vida que foi "roubada da morte", com sua prórpia vida. :D (O provavél alguém mais perto que tenha uma proporção semelhante ao que retornou). Já ficou com medo de seus assassinatos indiretos??? Hã? Hã? Mas, seus problemas ainda não acabaram... Você também vai descobrir que se você tocar quem você trouxe a vida novamente a pessoa morre instataneamente e PRA SEMPRE. Então, um toque, vida seguida da morte de outro, segundo toque o primeiro morre de novo FOREVER. Sim, sim... Você não é um milagreiro numa série religiosa, você terá um monte de problemas, mas tem suas vantagens também, vaaai... Esse é o dom que o jovem Ned (protagonista da série) tem e que foi aprendo a lidar aos poucos, descobrindo os fatos nem sempre de uma boa maneira.
A história de pushing daisies gira em torno do romance de Ned e Chuck (seu amor de infância). Mas, esse relacionamento torna-se literalmente intocável, já que após anos sem ver Chuck, Ned a reencontra morta e ressuscita-lhe, assim, nunca mais podendo a tocar novamente para que ela não morra. Ned também usa seu dom para ajudar o detetive Emerson Cod a desvendar crimes de assassinato, além de ser o dono da loja
de tortas The pie hole. Completando a trama, tem o personagem da funcionária da loja de tortas, Olive. Que é platonicamente apaixonada por Ned e sente-se ameaçada com a chegada de Chuck. Também temos as tias de Chuck que a criaram, Lilian e Vivian. Elas são duas "ex-dançarinas de piscina" que, após alguns problemas abandonaram suas carreiras e se enfurnaram na casa que era dos pais de Chuck para criá-la. Além de, Digby, o cachorro de infância de Ned o qual ele também trouxe dos mortos.
Em cada episódio, eles desvendam um ou mais casos de assassinatos, que incluem na história outros personagens peculiares e interessantíssimos. Mas, o que torna pushing daisies espetacular é a forma que as histórias acontacem, são histórias simples e ao mesmo tempo inovadoras, desenvolvidas de uma maneira natural e fantasiosas. São
quase como frutos de uma grande imaginação que lembra sua vida passada de forma muito bonita e colorida. Ou como histórias que uma mãe conta a um filho, de uma maneira tão "inocente" que até a morte fica de fato natural. Pushing Daisies é realmente um série linda, tanto nas histórias cheias de sentimentos, como também pelos cenários e figurinos, parece uma série antiga com elementos inovadores. Tanto os cenários como os figurinos têm uma cara vintage misturado a "vi isso num sonho". E há muiiitas cores fortes, como o vermelho, verde, amarelo, laranja, azul... Tudo para tornar as imagens muitos vivas e doces. (As tortas mesmo, dá ummma vontaaaade de comer!!!)
Outro ingrediente fundamental da série é seu humor negro positivo, positivo porque até o humor negro da série aparece de uma forma sem ser idiota. Como num episódio que há um menino que precisa de um transplante de coração e por se sentir morrendo diz tuudo o que vem na cabeça. Que normalmente é algo mórbido e violento.
Enfim, a melhor série que assisti até agora. x}

Pushing Daises é a ABC, passou aqui no Brasil pela Warner Channel e SBT (até agora que eu saiba só a primeira temporada). Ela é composta de duas temporadas, a primeira com 9 capítulos e a segunda com 13. Infelizmente, a série foi cancelada por falta de audiência. Disseram que era muito inovadora pro público jovem. ¬¬ Mas, ainda pode-se encontrá-la na internet ou comprando-se o DVD.

Eu encontrei pra baixar tudo aqui.
Pelo menos quando eu baixei tava tudo funcionando, mas qualquer coisa só é procurar pelo google.


Acho lindo o visual da tia Vivian, com cabelo chanel preto, vestidinho chinês e batom vermelho. xD


Mas, ainda babo mais com o estilo de Chuck. Principalmente os vestidos rodados e batom vermelho. *______*

quarta-feira, 8 de julho de 2009

X Blizzard of Rock


X Blizzard of Rock

Com as bandas:
Chip de Candeeiro (Hardcore-Vitória-PE)
Caravellus (Progressive Metal-Recife-PE)-http://www.myspace.com/caravellus
Obscurity Tears (Gothic/Doom Metal-Vitória-PE)-http://www.myspace.com/obscuritytears
Evil Force (Heavy Metal-Campina Grande-PB)-http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/evilforce/
Tarja Preta (Rock Cover-Recife-PE)-http://tarjapretarecife.blogspot.com/
The Rock Blues Band (Rock/Blues-Vitória-PE)
Data: 22/08/2009
Hora: 19:00 h
Local: Clube Vassouras O Camelo
Cidade: Vitória de Santo Antão-PE
Ingressos: R$ 7,00
Ingresso Social: R$ 5,00 + 1 kg de alimento
Haverá ônibus saindo de Recife (Rua do Sossego, 81-A, Boa Vista) às 17:30 h por apenas
R$ 15,00 (passagem ida e volta + ingresso)
Venda de ingressos em Vitória: Saulo Relojoeiro (Av. Mariana Amália em frente ao Banco Real)
Venda de ingressos em Recife: Bay Area Estúdio e Blackout Discos
Informações: (81) 8827-1481 (Cristóvão) / (81) 9987-9448 (Flávio)


Outras coisas mais: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=8948307


Compareçam!!!!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Together - Kairi

Together

"Look towards the moonlight
There, she stands
My beauty, let me see your smile
I long to touch your lips

Beneath the silence
Your tears, they call to me
Every drop, a piece of me
Dies once more

Silence, rest now
Lay your weary head against my chest
Be at peace, my loved one
I cannot bear to see you alone

Undress the icy shadows for what they are
You have nothing to fear, I am yours
Do not run, do not hide
Let out all that is inside

Please do not feel empty
I will never leave you
And when we're gone from this place
Eternally We'll be together"

"Illumination is not reached by visualizing the light, but by exploring the darkness."

[Com saudades...]

quarta-feira, 25 de março de 2009

A pequena loja dos horrores (1960)


"Feeeeeed meeeee! FEED ME!"
Essa é uma fala constante nesse filme dirigido por Roger Corman e é dita pela engraçada planta carnívora que é nada mais nada menos que a estrela dessa comédia macabra. Andrey Jr., nome dado a plantinha, foi uma criação de um estabanado ajudante de floricultura aspirante a botânico, Seymour Krelboin. Desesperado pra não perder seu emprego na modesta floricultura do mesquinho Gravis Mushnick, Seymor inventa essa planta pelo cruzamento de outras duas e a trás para mostrar a seu chefe. Mas, mesmo com muitos cuidados, a planta vive doente. Até, que acidentalmente, Seymor deixa pingar uma gota de sangue dentro dela e ela se reanima. Despois, de alguns acontecimentos inusitados e alguns corpos humanos, Andrey Jr. fica enoooorme e vira atração local.
Esse obra teve poucos recursos, efeitos especiais bem toscos e foi rodada apenas em dois dias. Sim, nada parecido com as gigantescas produções de hoje. Porém, é na simplicidade dela que reside a oportunmidade de se apreciar o brilhante roteiro, com toques de um excelente humor negro e revelações de ótimas atuações. Como, por exemplo, pela ponta feita por Jack Nicholson, que no filme é um masoquista de um jeito leve e engraçado (que encaixa perfeitamente com aquela cara de doido dele ;P). Também, vale destacar que todos os personagens parecem irreais, eles são caricaturais, como se estivessem num desenho; na verdade, todo o filme meio que tem um jeitão de teatro.
Uma curiosidade, é que o talentoso roteirista, Charles B. Griffith, emprestou sua voz para Andry Jr. no filme (só sei que aquela vozinha dizendo feed me ta me fazendo rir até agora ;P) e também participou em carne e osso como um paciente que grita de dor nas mãos do sádico dentista Dr. Farb. Outra curiosidade é que o filme recebeu também o nome original alternativo de “The Passionate People Eater”. Também tem uma versão mais recente de 87.
Esse filme foi laçando em DVD a algum tempo e pode ser encontrado com um preço bem legal (R$9,99, pelo menos foi o preço pelo que meu namorado comprou) em lojas como Hiperbompreço (Wall Mart), Americanas e Extra. A capa é essa da foto aí de cima, com Nicholson na capa (ele pode até ser só uma ponta no filme, mas está fantástico de todo jeito).

Também tem pra baixar pelo torrent
, download aqui. Sendo que está em inglês. Infelizmente, não achei ele em português, nem legenda em português. Achei só essas aqui, que tem nas versões em espanhol, turco e italiano. Espero que ajude em algo ;P. Ahhh, pode assistir também pelo youtube, tá lá dividido em mil 12 partes. Como também tem no youtube o trailer.


Ficha técnica

A PEQUENA LOJA DOS HORRORES (The Little Shop of Horrors, Estados Unidos, 1960). AIP (American International Pictures), Preto e Branco, 72 minutos
Direção: Roger Corman.
Roteiro: Charles B. Griffith
Produção: Roger Corman
Fotografia: Archie R. Dalzell e Vilis Lapenieks
Música: Fred Katz
Edição: Marshall Neilan Jr.
Direção de Arte: Daniel Haller
Maquiagem: Harry Thomas
Elenco: Jonathan Haze (Seymour Krelboin), Jackie Joseph (Audrey Fulquard), Mel Welles (Gravis Mushnik), Dick Miller (Burson Fouch), Myrtle Vail (Winifred Krelboin), Tammy Windson e Toby Michaels (Garotas adolescentes), Leola Wendorff (Siddie Shiva), Lynn Storey (Hortence Feuchtwanger), Wally Campo (Detetive Sargento Joe Fink / Narrador), Jack Warford (Detetive Frank Stoolie), Meri Welles (Leonora Clyde), John Herman Shaner (Dr. Farb), Jack Nicholson (Wilbur Force), Charles B. Griffith (voz de Audrey Junior / Paciente que grita de dor no dentista).


Planeta Terror


Um dos últimos filmes que eu gostei de verdade foi este. Planeta Terror é uma paródia aos filmes b lá dos anos 60/70 que passavam nas chamadas grindhouses. As sessões normalmente eram duplas ou triplas, tudo custando apenas um ingresso (podia aparecer uma dessas aqui ;D). Esses filmes que tinham muitas cenas de sexo e violência até hoje fazem grande sucesso entre algumas pessoas, e alguns antigos fãs acabaram virando grandes diretores do gênero. Como é o caso de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Foram eles produziram esse filme, na verdade eles produziram dois (o outro se chama À prova de morte) que foram apresentados nos EUA numa sessão dupla com o nome de grindhouse. Aqui no Brasil houve um desmembramento. :( Então, Planeta Terror foi que acabou parando nas locadoras e sendo mais divulgado. Mas mas mas... Não é por isso que deixa ser menos interessante de assistir. O filme é realmente engraçadíssimo, com cenas de violência clássica, sexo, dançarinas go-go, comidas sem higiene alguma, uns "zombies" toscos e nojentos e o melhor, um humor negro de óóótima qualidade. ;D Só dando um aperitivo, Tarantino atua no filme como um militar DUMAL lá, e numa das cenas, a que ele pretende estuprar a "mocinha", acaba constatando que seu pau virou uma papa por causa da infecção do vírus. (Sim, você pode morrer de rir com o pau de Tarantino se desintegrando. ^^) Em resumo, é um excelente filme pra se assistir com os amigos, com namorado, só, o que for... morrer de rir e relaxar um bocado. x] Sinopse
O casal de médicos William (Josh Brolin) e Dakota Block (Marley Shelton) é surpreendido no hospital por uma multidão de homens e mulheres cheios de feridas e mutilações, que vagam com um suspeito olhar perdido. Entre eles está Cherry (Rose McGowan), uma dançarina de boate cuja perna foi arrancada num ataque noturno. Com uma metralhadora no lugar da perna decepada, ela vai liderar, acompanhada por El Wray (Freddy Rodríguez), um exército de inválidos assassinos. Para baixar o filme:

Opção 1:
http://www.megaupload.com/?d=93E1OEBR

Opção 2:
parte 1: http://w13.easy-share.com/1700891579.html
parte 2: http://w13.easy-share.com/1700891576.html
parte3: http://w17.easy-share.com/1700891993.html

parte4: http://w17.easy-share.com/1700892001.html

parte5: http://w15.easy-share.com/1700892347.html

sábado, 21 de março de 2009

Protetor solar

Os raios solares além de lhe causarem desconforto por causa do calor também são prejudiciais para a pele se não for tomado alguns cuidados. E se você morar num lugar quente como pernambuco, onde os raios atingem com maior intensidade, então é que se deve tomar cuidado MESMO.
Infelizmente, por motivos culturais, pouquíssimas pessoas têm o hábito de usar protetor solar diariamente, muitos acham tal ato perda de tempo, frescura, etc etc etc Mas, isso é engano que pode causar sérios problemas pra pele de uma pessoa. Além, do uso regular e correto poder ajudar esteticamente, cuidando da pele e prevenindo contra envelhecimento precoce e outras coisas mais (olha aí, o filtro solar pode economizar aquele botox futuro :P), ele também previne doenças, como por exemplo o câncer de pele.
Eu, admito, também estava na parcela da população que só o usava para ir à praia, mas com umas mudanças de rotina e sentindo minha pele sendo exposta a um sol desgraçado, resolvi tomar vergonha na cara e mudar meus hábitos. Ahh, outra coisa que me fazia correr de protetor solar era o cheiro, acho aquele cheiro típico de protetor solar horrível. Mas mas mas, para isso também encontrei solução; como também pra não ficar com a pele oleosa e melecada.

Então, pesquisando mais sobre o assunto na internet, achei umas dicas bem interessantes. Reunindo tais informações:

Mitos e verdades sobre o uso do protetor solar


O protetor solar deve ser aplicado todos os dias
Verdade. O protetor solar é o melhor aliado da saúde da pele. Por falta de cultura e até mesmo informação, a maioria das pessoas só aplica o filtro solar quando estão expostas diretamente aos raios solares, ou seja, durante as férias na praia. Porém, ele deve ser usado diariamente, mesmo nos dias nublados, com FPS 15, no mínimo.

Assim como a pasta de dente e o fio dental, por exemplo, o protetor também deve fazer parte da sua rotina de higiene e beleza. Para estimular o hábito, deixe o produto em local visível ou próximo de seus itens pessoais. Isso irá ajudá-la a começar a ter disciplina. O uso contínuo do protetor solar retarda o envelhecimento da pele, prevenindo manchas e rugas.

O protetor solar deve ser aplicado uma vez por dia
Mito. O protetor deve ser aplicado 30 minutos antes de sair de casa e reaplicado a cada duas horas ou sempre que houver necessidade. No dia-a-dia, passe o produto nas regiões que ficam mais expostas ao sol (rosto, pescoço, colo, braços e mãos) e, quando estiver na praia, em todo o corpo. Mesmo depois daquele mergulho ou após secar a pele com a toalha, você deve reaplicar o produto.

O sol causa problemas de pele
Verdade. Os primeiros problemas da falta do uso de protetor solar são as queimaduras. Depois temos a vermelhidão, bolhas, sardas, manchas, rugas e flacidez. Estudos apontam que 90% dos casos de envelhecimento da pele do rosto é conseqüência do abuso da exposição ao sol, e não em decorrência da idade.

A exposição solar causa câncer
Verdade. A exposição solar prolongada e de maneira inadequada pode causar câncer de pele - considerado o tumor de maior incidência no Brasil. Por isso, os cuidados com a pele devem começar na infância a partir dos seis meses. Este simples cuidado diário pode reduzir as chances de se contrair a doença em até 85%.

Posso tomar sol o dia inteiro com protetor solar
Mito. Os horários recomendados para se expor ao sol são antes das 10h e após às 16h. Mas, sempre com proteção adequada.

Pessoas com pele seca e oleosa podem usar o mesmo tipo de protetor
Mito. Pessoas de pele seca devem usar protetor solar mais cremoso e aquelas com pele mais oleosa devem optar por um protetor livre de óleo (oil free), nas versões em gel ou spray.


Protetor solar. Você sabe como usar corretamente?

Atualmente, o fator de proteção do protetor solar (FPS) é estabelecido com base na proteção proporcionada pela aplicação de uma quantidade de 2 miligramas do produto em cada centímetro quadrado do corpo. Estudos demonstraram que muitos consumidores usam menos da metade dessa dosagem.

Na prática, ignoramos o modo de usar da embalagem e aí pode morar o perigo. Com aquele pouquinho que a gente costuma usar, quantidade que cabe no polegar, só conseguiremos uma proteção que pode variar entre um quarto e um terço da informada na embalagem do produto.

Então, atenção para as dicas da embalagem. E para não ter problemas durante o Verão como alergias, queimaduras, insolação, envelhecimento precoce e, principalmente, câncer de pele, tome certos cuidados na hora de se expor ao sol.

- o horário de exposição deve ser o de menor intensidade dos raios solares. Não é recomendável a exposição ao sol entre 10 e 16 horas; - Não é aconselhável permanecer por longos períodos na mesma posição, como dormir, por exemplo. O ideal é mudar de posição freqüentemente;

- Tomar sol moderadamente para que o efeito das radiações solares seja benéfico;

- Áreas sensíveis como rosto, lábios e cabeça, principalmente os calvos, necessitam de um cuidado maior e, portanto, de um protetor solar de FPS mais elevado;

- Durante a exposição solar, não é aconselhável a utilização de produtos como perfumes ou outros não específicos, como descolorantes para os pêlos. Eles devem ser evitados. Em geral, promovem queimaduras e podem aumentar os casos de alergia, além de não protegerem contra os efeitos das radiações solares;

- Alguns produtos de uso diário, como batom e maquilagens, fornecem proteção natural. Geralmente contêm, em sua composição, agentes refletores de radiação solar;

- O consumidor também deve tomar cuidado com a utilização de certos medicamentos, como o ácido acetil-salicílico (aspirina), que em combinação com o protetor solar e o sol podem provocar reações alérgicas;

- Produtos importados devem trazer informações claras e em português quanto ao seu nível de proteção, tipo de pele indicado, modo de uso e demais informações que permitam sua utilização correta;

- Optar por guarda-sóis de algodão e de cor clara. A cor escura absorve radiação e calor. Tecidos de nylon produzem sombra, mas não protegem da radiação solar;

- Verificar qual é o fator de proteção mais adequado para o seu tipode pele. Em caso de dúvida - de preferência sempre - devem ser utilizados os produtos com FPS mais elevados;- O mormaço também ocasiona queimaduras. A brisa, por oferecer uma sensação refrescante, pode levar a pessoa a esquecer os efeitos nocivos do sol;

- A eficiência de um protetor solar está relacionada diretamente à sua utilização correta. Fique atento às instruções da embalagem quanto ao tempo de reaplicação do produto, levando em consideração fatores como a transpiração e o contato direto da pele com qualquer superfície que propicie a remoção do produto.

Você sabe escolher o protetor solar mais indicado para sua pele? Veja aqui:
http://oglobo.globo.com/vivermelhor/verao/mat/2007/11/30/327394711.asp


Tabela do fator de proteção x bloqueio dos raios ultravioletas:

Fator de proteção do filtro solar

Bloqueio de raios ultravioletas

10

90,0%

20

95,0%

30

96,7%

60 98,3%

Em teoria o fator de proteção do filtro solar é um multiplicador do tempo levado para queimar. Por exemplo, se uma pessoa queima depois de 12 minutos sob o sol, levaria 120 minutos para queimar usando um bloqueador solar com fator de proteção 10. Porém, na prática a proteção do bloqueador solar depende de fatores como:
. tipo de pele;
. quantidade de protetor solar aplicado e freqüência das re-aplicações;
. atividade engajada, por exemplo natação ocasiona perda do filtro;
. quantidade de protetor solar absorvida pela pele;
. porcentagem de raio ultravioleta refletida pelo ambiente, por exemplo areia.


Alguns produtos:
http://shopping.uol.com.br/protetor-solar.html

Outra opção é mandar fazer numa farmácia de manipulação.
Espero ter ajudado.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Mais que mil palavras...

Sim, sim! Uma imagem vale mais que mil palavras, nela sempre se pode buscar algo novo, perceber alguns detalhes antes desapercebidos e ser "tocado" por ela de diferentes formas. E quando é uma bela imagem... Nossa! Vira um deleite. Simplesmente acho fantástico o poder que uma imagem pode ter, adoro as observar e deixar minha imaginação trabalhar com mil histórias e possibilidades de criações. Então, lá estou eu fuçando na internet e me deparo com esse Flickr e ele ainda está me deixando encantada. Realmente, vale a pena apreciar as mais de 500 páginas dele. Algumas imagens:



John Singer Sargent, Elizabeth Winthrop Chanler


1915 - back covera


Halago perfume, 1934


SKIRT


Rodolfo Amoedo, 1857 - 1941


El Greco, Lady in a Fur Wrap, 1577-80


E. O. Hoppe, Lady Diana Cooper, 1916


Ilustração Portugueza, No. 484, May 31 1915 - 28a


http://www.flickr.com/photos/gatochy/

Jean-Jacques Rousseau, um pensador angustiado [2]


2.2 Do contrato social
Ao escrever a obra “Instituições Políticas”, Rousseau não gostou de seus escritos e jogou muitas partes fora. A mais digna como falou o próprio autor na “Advertência” do livro, é a que conhecemos como “O Contrato Social”. Com esta obra, Rousseau procura reverter o quadro de desigualdade e opressão observada na era do absolutismo, e dar ao homem a possibilidade de pensar e organizar as decisões coletivas de forma autônoma e independente, livre do domínio de um governo tirânico. Obviamente o livro não foi bem aceito pelas autoridades. Eram considerados altamente ofensivos e era visto como uma ameaça para ordem vigente.
A concepção Rousseauniana do direito político é essencialmente democrática. “Encontrar uma forma de associação que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda a força comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, só obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim tão livre quanto antes.” Essa forma de associação que Rousseau via como solução é o Contrato Social.
Para Rousseau, o Contrato Social é um acordo entre indivíduos para se criar uma sociedade, depois disso, um Estado. Um Estado onde o poder emana do povo. E os interesses individuais de cada um deve ser superado pela coletividade. Rousseau expõe os legisladores no “Contrato Social” de maneira relevante. Chega a atribuir características quase divinas, achava que eles deveriam assemelhar-se com Deuses, mas sempre procurando servir as necessidades da natureza humana. E dava ao povo o direito de tirar o poder se algum desses legisladores fizesse o contrário ou por algum motivo os deixassem insatisfeitos. A lei sob a ótica de Rousseau deve ser um ato da vontade geral e expressão da soberania, que determina todo o destino do Estado. Ou seja, o Pacto Social como um contrato de associação e não de submissão.
Em resumo, o “Contrato Social” propõe um modelo de formação social e política no qual a liberdade e a igualdade interagem sob a garantia de um pacto legitimo, porque está fundado no interesse comum. A obra é dividida em quatro livros e sua publicação foi no ano de 1762.
Por conta do dinamismo presente nas teorias Rousseaunianas, diferentes correntes de pensamentos e movimentos foram influenciados. Defendendo a liberdade como supremo bem, ele inspirava todos os movimentos que almejavam a busca pela liberdade. Como exemplo temos as Revoluções Liberais, O Anarquismo, o Marxismo. Influenciava também movmentos de Ecologia profunda, já que estava sempre falando da proximidade do homem com a natureza. Além de ser figura marcante no Iluminismo Francês e precursor do Romantismo. Seus temas dominantes eram as relações entre natureza e sociedade, teoria da bondade natural do homem, liberdade como bem supremo, primazia do sentimento sobre a razão, transição de estado de natureza para sociedade civil e sociedade civil baseada no Pacto Social (esse aprofundado na obra “Contrato Social).

2.3 Teoria da bondade natural do homem
Também conhecida como teoria do “Bom Selvagem”, dizia que homem nasce bom, a vida civilizada é que é responsável por degradar e corromper a essência de cada um. A artificialidade de comportamentos, sentimentos cada vez menos profundos, padrões impostos pela sociedade, são fatores que distanciam o homem de maneira gradativamente positiva, do seu estado de natureza. A sua própria identidade, a consciência de si mesmo, vai ficando defasada. Essa teoria de Rousseau é bastante criticada por alguns Pensadores. Eles diziam que “Ler Rousseau despertava a vontade de andar sobre quatro patas”. O que Jean- Jacques queria não era glorificar a animalidade do homem primitivo, mas mostrar o quanto era maior a sua humanidade em relação ao homem civilizado. Academia de Dijon ofereceu um concurso onde os participantes deveriam dissertar sobre o tema: “O progresso das ciências e das artes contribuiu para corromper ou apurar os costumes?” Em cima de um SIM Rousseau desenvolveu sua resposta. No século XVIII Rousseau já identificava a corrupção da moral e dos bons costumes. O que diria ele dos dias atuais onde pais e filhos se aniquilam, inteligência é usada para destruir vidas em ataques nucleares, por exemplo? O que ele diria quando visse que a internet, ferramenta excepcional quando bem aproveitada, está sendo utilizada para propagar o ódio ao outro, a violência, e tantos outros golpes que atentam contra a integridade física e moral do homem? O racionalismo aos extremos está sufocando o sentimentalismo que Rousseau tanto pregava.

2.4 Liberdade como bem supremo
“Renunciar a liberdade é renunciar a qualidade de homem, aos direitos da humanidade, e até aos próprios deveres.” Essa era uma das premissas máximas do Pensador para o principal dos direitos inalienáveis do ser humano. A liberdade para Rousseau estava além do ir e vir. Muito mais do que transitar num espaço físico, a liberdade de consciência tinha maior significado para Rousseau. Com essa liberdade consciência conquistada, o homem se encontraria em algum estágio de retorno ao Estado de natureza, onde a liberdade era característica geral em todos os indivíduos. De consciência livre cada um pode ser quem é onde quiser, independente das influências da maioria.
O que existe hoje na sociedade civil é uma liberdade relativa. E liberdade relativa não pode ser considerada liberdade por não ser plena. Rousseau é totalmente contra a escravidão. Como defensor da liberdade em qualquer instância, ele condenava até mesmo a escravização dos prisioneiros de guerra que Locke defendia. Afirmava que “é a relação entre as coisas e não a relação entre os homens que gera a guerra”. Não havendo assim motivos para um derrotado ter sua liberdade alienada. Rousseau dizia que num Pacto social ninguém perdia sua liberdade porque a partir do momento que “cada um se dá a todos, não se dá a ninguém”.

2.5 Primazia do sentido sobre a razão
Rousseau via o intelecto como um fator que distanciava o homem dele mesmo, da sua própria natureza. Ele era a favor do sentimento como agente de penetração no interior de cada um. As pessoas estão sempre preocupadas em mostrar ao outro o quanto são cultas e inteligentes. Para Rousseau, cultura tinha de ser uma questão de realização pessoal. Satisfação dentro de cada um. Ao desenvolver suas teorias, Rousseau estava sempre se opondo aos filósofos. Não seguia o modelo de encadeamento racional das idéias. Procurava observar sempre de maneira bastante sensível, algumas vezes dramática, os fatos e as relações sociais... Algumas vezes o Pensador externa pensamentos onde ele parece achar que “Tudo são flores” e isso é fruto do sentimentalismo que ele defende e da força que ele faz para se posicionar de maneira contrária ao racionalismo. Esse sentimentalismo pode ser justificado por conta da vida sofrida de Rousseau onde a carência afetiva foi muito intensa.

2.6 Transição do estado de natureza para a sociedade civil
A maior das causas dessa transição na opinião de Rousseau foi a origem da desigualdade. Ele dizia que o verdadeiro fundador da sociedade foi o que primeiro que cercou um terreno e falou “isso é meu” e encontrou pessoas suficientemente inocentes para nada fazer. A propriedade e o direito de posse começam a ser mais importantes do que o bem estar comum. Não havia regras positivadas no Estado Natural. Tornou-se necessária uma regulamentação que assegurasse o que cada um pertencia.
Rousseau afirma até que era mais fácil ser feliz desse jeito do que em sociedade O Estado de Natureza chegou ao fim de maneira gradativa. Não foi num golpe unitário que a sociedade civil se instituiu.
“Ora, como os homens não podem engendrar novas forças, mas somente unir e orientar as já existentes, não tem eles outro meio de conservar-se se não formando por agregação, um conjunto de forças, que possa sobrepujar a resistência, impelindo-as para um só móvel, levando-as a operar em concerto”. Assim Rousseau explicava que se o gênero humano não mudasse o modo de viver, não sobreviveria diante das forças opressoras.
A transição de estado de natureza para a sociedade civil deu ao homem inúmeras vantagens, Rousseau não nega essa afirmativa, apenas relata o quanto é cruel o preço pago por isso. Para ele os abusos do estado social civilizado colocava o homem abaixo da vida primitiva.

2.7 As duas visões antagônicas da obra de Rousseau
“Além das leituras democrática ou totalitarista, o pensamento de Rousseau idealiza uma liberdade que equilibre os interesses individuais e as expectativas da comunidade”.
Arlei de Espíndola

O modo como Rousseau constrói seus textos e como organiza suas ideias provoca controvérsias. Como conseqüência surgem duas visões contrárias quanto à definição de sua obra: a democrática e a liberal totalitária.
As contribuições de Rousseau para a democracia foram grandes: ele, por exemplo, sistematizou e formulou a ideia de que o poder emana do povo. Por isso há pessoas que o reconhecem como “protagonista de um pensar eminentemente democrático”.
Existe, porém, uma linha que defende a vinculação do autor à perspectiva do pensamento liberal do século XIX e consideram que ele lançou as bases ideológicas dos regimes políticos totalitários (a Alemanha de Bismarck, por exemplo).

Para tal usam o fato de os valores fundamentais do liberalismo estarem presentes em sua obra, como a concepção de indivíduo e a importância do consenso e da liberdade dentro da organização social e do estabelecimento do contrato.
Por fim, apesar da impressão que Rousseau contribuiu mais para a democracia do que para o liberalismo, a defesa da liberdade e da igualdade o tornam grande representante das teorias liberais e grande defensor da democracia.


2.8 Paralelos entre Rousseau e outros pensadores
Há inúmeras semelhanças e diferenças entre as teorias e as idéias dos vários pensadores. Não importa se viveram em períodos históricos diferentes ou iguais, todos devem ser estudados. Agora faremos breves comparações entre Rousseau e alguns outros pensadores.

· Aristóteles
A face mais conhecida de Aristóteles é a filosófica (elaborou um sistema filosófico para a explicação do movimento dos corpos e do mundo físico que o cercava, por exemplo). Porém , ele foi um jusnaturalista antigo e, como tal, acreditava que a família era a mais antiga das sociedades.
Esse é um ponto de concordância entre ele e Rousseau o qual dizia que família era um reflexo do Estado (outro dos elementos centrais de sua pedagogia). A ideia da família como a sociedade inicial é uma das principais semelhanças entre os dois pensadores.
Vale ressaltar que uma das grandes diferenças entre Aristóteles e Rousseau é que, para o primeiro, é admissível a escravidão por guerras e por dívidas; já para o segundo não se admite privar o homem da sua liberdade individual, independente de qualquer situação.

· Hobbes
Para ele, no estado natural os homens vivem em um enorme caos marcado por guerras constantes e pelo medo de que o outro homem lhe possa fazer o mal. Esses homens têm pois um desejo (em interesse próprio) de acabar com a possuir paz, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.

Através desse contrato, surge a figura do Estado e do( autoridade à qual todos os membros dessa sociedade devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum). Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia (que pode até mesmo ser composta de todos, caso em que seria uma democracia), deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável. Ele chega a afirmar que um mau governo é melhor do que o retorno ao estado de natureza.
Para Rousseau, ao contrário de Hobbes, a guerra não é inerente à natureza do homem, mas conseqüência da vida em sociedade, aguçando a competição e conduzindo ao conflito. A criação de um Estado, portanto, não reduzirá as tensões ou a violência beligerante; um Estado forte ameaçará a paz pela compulsão da conquista, um fraco tornar-se-á tentação para a cobiça alheia.
Além disso, Rousseau defende que o poder emana do povo o qual exerce a soberania e detém o poder.Já Hobbes defende que é o soberano quem exerce a soberania e seu poder é absoluto e incontestável.
Algo que os dois tem em comum, é uma análise sobre a natureza do homem: segundo Rousseau o homem nasce puro e a 'sociedade' o corrompe, já para Hobbes o homem nasce mau e a 'sociedade' o molda e ameniza essa maldade.

· Locke
Os dois autores acreditam que o homem é naturalmente livre e essa sa liberdade é um direito inalienável, bem como o direito à propriedade privada. Ao tratarem de assuntos como “Direito Natural”, “Direito de Propriedade” e a formação do Estado (a passagem do “Estado de Natureza” para o “Estado de Sociedade”), eles lançaram as bases do que conhecemos por Liberalismo. É importante falar da contribuição deles para o ideal de democracia.
Vale a pena ressaltar que, enquanto tem-se a impressão que Locke contribuiu mais para o liberalismo do que para a democracia, com Rousseau ocorre o oposto.
Para Locke, o homem nasceu sob o “estado natural” ou “de natureza”: não existia poder comum ou lei estabelecida, exceto a lei natural, que é a razão humana. É preciso que existam executores para essa lei da natureza: os próprios homens.
No estado de natureza imaginado por Locke, o direito de propriedade existe e tem um fundamento lógico: sendo o indivíduo senhor de seu corpo, é, logicamente, igualmente proprietário dos frutos de seu trabalho. Ao modificar a natureza, um bem que é comum a todos, pelo trabalho de seu corpo, é direito do homem a propriedade sobre aquilo que modificou: uma maçã que ele apanhou do pé, por exemplo.
Locke afirma que a lei da natureza permite uma vivência “perfeita” para os homens, mas ela não dispõe de mecanismos para resolver controvérsias (um juiz reconhecido por todos, por exemplo); não tem um poder maior que efetive a sentença, quando esta for justa.
Assim, Os homens precisam abdicar de parte de seu poder original em favor da regulamentação dos poderes da sociedade.
Para Rousseau, os homens também surgiram sob o estado de natureza e, ao chegar a um ponto em que os obstáculos prejudiciais à sua conservação no estado de natureza superam as forças de que cada indivíduo dispõe para manter-se nesse estado, eles precisam deixá-lo para sobreviverem.
Em síntese, o Contrato Social significa: cada um se dá totalmente, em favor da vontade geral, que será a dirigente suprema da comunidade. Rousseau concebe que o Contrato faz nascer um “corpo moral e coletivo”, constituído por todos os membros da sociedade em questão e que exerce a soberania.
Por fim partindo de pressupostos comuns, Locke e Rousseau discutem o “pacto social”. Porém, enquanto o primeiro utiliza o termo “pacto”, o segundo usa a palavra “contrato”. Isso enuncia distinções:”contrato” significa ‘acordo de duas ou mais pessoas ou empresas, que entre si transferem direitos ou se sujeitam a uma obrigação’; “pacto” significa ‘ajuste, acordo entre Estados ou particulares’. Logo, o termo e a proposta de Rousseau prenunciavam um envolvimento muito maior por parte dos contratantes.

· Montesquieu
As idéias de Montesquieu partiram principalmente das teses lançadas por John Locke, ainda que implicitamente, cerca de cem anos antes. A idéia da existência de três poderes, provém de Aristóteles, na obra “Política”.
Na sua obra Do Espírito da Lei, Montesquieu, analisa as relações que as leis têm com a natureza e os princípios de cada governo, desenvolvendo a teoria de governo que alimenta as idéias do básicas do constitucionalismo que, em síntese, busca a distribuição da autoridade pelos meios legais, buscando evitar o arbítrio e a violência. Tais idéias contribuíram para a melhor definição da separação dos poderes, que é hoje uma das pedras angulares do exercício do poder democrático.

Ele também fala: “Não é razoável o desejo que Hobbes atribui aos homens de subjugarem-se mutuamente. A ideia de supremacia e de dominação é tão complexa e dependente de tantas outras que não seria ela a primeira ideia que o homem teria”.
Montesquieu acredita que existem leis as quais induzem o homem a viver em sociedade:
1-desejo de paz;
2-necessidades biológicas;
3-atração entre os sexos opostos;
4-desejo de viver em sociedade.

Apesar de afirmar que uma sociedade não poderia sobreviver sem um governo, ele não chega a mencionar um pacto social como ponto de partida para o surgimento do estado social, então ele não é um jusnaturalista, ao contrário dos pensadores citados anteriormente.
Ele e Rousseau acreditavam na predominância da bondade humana no estado de natureza, mas só o segundo é um contratualista e explica a organização da sociedade a partir de um contrato social.
2.9 Influência de Rousseau em temas atuais
A contemporaneidade do pensamento Rousseauniano é facilmente notada. Nos dias de hoje observamos situações que desde o século XVIII Rousseau já condenava. Ostentação da cultura intelectual em busca da admiração do outro antes mesmo da própria realização, pessoas reféns de padrões impostos pela sociedade, uniformidade artificial de comportamentos. Tudo isso ainda é agravado pela globalização. A identidade cultural de cada um vai sendo esfacelada por bombardeios de informações que só tendem a massificar os indivíduos e mecanizar as relações sociais. A reforma agrária também pode ser considerada um tema atual que recebe influências das teorias de Rousseau. O princípio que rege essa questão é de que a terra na mão de poucos é uma maneira de tolher um direito inalienável de todo homem que é ter de onde tirar a própria subsistência. O que se tem hoje é enormes porções de terra- muitas vezes ociosas- na mão de poucos (muito poucos) e enormes contingentes de necessitados de terra pra plantar, morar, viver! Rousseau achava que quanto mais repartida fosse a terra, mais os frutos seriam de todos. No Brasil essa questão ainda não obteve avanços consideráveis. Entra presidente, sai presidente, e nenhum tem a coragem de enfrentar um problema que possui tantas esferas. Enquanto latifúndios espalhados em todos os cantos do país encontram-se sem produzir nada, milhares de pessoas esperam um pedaço de terra, o mínimo que seja para poder plantar e dela tirar o que precisa pra viver.

Conclusão

Pai sem coração! Foi assim que Voltaire se referiu a Jean Jacques Rousseau em uns panfletos distribuídos pela cidade. Rousseau deixou os cinco filhos que teve em orfanatos alegando que não tinha como criá-los. Sem coração ou não, é um dos maiores jus naturalistas que a humanidade já conheceu e tem até hoje seus pensamentos e teorias presentes na sociedade. A origem da desigualdade para Rousseau está lá trás, com o aparecimento da propriedade privada. Mas, a perpetuação dela é mantida diariamente por nós. A partir do momento que nos acostumamos com desabrigados, que não nos sensibilizamos com a dor do outro que ver o filho chorar sem ter o que comer. Perpetuada por nós que cruzamos os braços e tapamos olhos, ouvidos, boca diante de tanta injustiça, sujeira e escândalos políticos que já fazem parte do cenário brasileiro. No ano de 1778, Rousseau faleceu por motivo de doença. Mas talvez, se ele vivesse em nossa sociedade hoje, fosse de desgosto que ele morreria.

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Jean-Jacques Rousseau, um pensador angustiado


É que a mais de uma semana estou mergulhada nesse pensador por causa de um trabalho da faculdade. E digo, foi cansativo, mas também bem interessante. Quando falam de Rousseau no ensino médio não entram em detalhes, não falam da vida dele, de como ele era, muitas vezes nem falam direito de suas teorias. Provavelmente, porque não acham necessário tomar tempo de fórmulas e fórmulas pro vestibular. Mas mas mas...
Li, numa das pesquisas esse adjetivo para Rousseau, angustiado, e achei realmente bastante apropriado, ele teve uma vida conturbada, porém isso vocês vão poder ver no texto. Em resumo, achei que Rousseau foi um fudido no campo emocional, com perdão do vocabulário (tá, isso foi mera formalidade :P).

Aqui vai o texto da segunda parte do trabalho que falava de Rousseau propriamente. Além de mim, Luciana Garret e Madalena Rodrigues participaram da concepção do texto. Com também umas ajudas de Natália Barreto na questão da estética.
Enfim... , vou colocando em pedaços que ficou grande...

Parte 2: Rousseau

2.1 Jean-Jacques Rousseau, um pensador angustiado

Segundo filho de uma família desestruturada. O pai vindo de uma família numerosa, recebeu parca herança e consegue sustento no trabalho de relojoeiro. Além de ter personalidade despreocupada e instável, mesmo um pouco agressiva; abandona mulher com filho e só volta após apelos da esposa que, nessa época, engravida novamente. Desse relacionamento conturbado nasce o genebrino, Jean-Jacques Rousseau.

Sua mãe, Suzanne, morre uma semana após o parto. Esse fato é marcante na vida de Rousseau que, durante ela tenta preencher o espaço que a falta da mãe lhe deixou. O que pode ser observado pelo fato dele chamar a primeira amante de “mamãe” e a segunda de “titia”. Ou também quando falava dela, cheio de emoção e orgulho. Foi criado na infância por uma irmã de seu pai e por uma ama.

E foi da herança de romances que a mãe deixou que Rousseau tirou a primeira parte de sua educação. Passava horas após a ceia, lendo-os com o pai. E tal gosto tomou pela leitura que, assim que terminou tal acervo começou a ler os livros da biblioteca do avô materno (o qual era pastor), onde encontrou uma leitura mais complexa e interessou-se pela literatura romana.

Aos 10 anos, de certa forma também perdeu o pai. Issac Rousseau desentendeu-se com um cidadão de certa influência e precisou sair de Genebra para não ser injustamente preso. Por isso, Rousseau e seu irmão acabaram ficando sob a tutela de seu tio materno Gabriel Bernard, engenheiro militar, que era casado com a irmã de seu pai. Seu irmão também foge e dele nunca mais tem notícias.

Logo depois, seu tio o manda, juntamente com seu filho, para ser educado no campo, na casa de um pastor protestante em Bossey, Lá estuda latim e outras disciplinas. Mas em decorrência a alguns problemas que teve nessa casa, seu tio o tirou de lá e Rousseau passou dois ou três anos na casa do tio sem ocupação precisa. Com doze anos, arrumam-lhe um serviço de menino de recados em Genebra, mas é despedido por inércia. Depois, foi aprendiz de gravador, porém também fracassou nesse emprego. Falsificava medalhas e presenteava os amigos, foi pego e punido. Com o salário desse emprego, por um ano, leu todos os livros de uma loja de uma senhora que os alugava.

Acabou virando um adolescente sem propósito e que farreava muito com os amigos. E foi por esse motivo que, aos dezesseis anos, Rousseau ficou preso pela terceira vez do lado de fora das muralhas da cidade. Com medo da punição que receberia ele foge. Vai para uma cidade próxima a Genebra e lá entra em contato com um pároco católico que o ajuda encaminhando-o a uma jovem senhora que recebe uma pensão do rei para cuidar de jovens peregrinos.

Tratava-se de Louise-Éléonore de la Tour du Pil, pelo casamento Madame de Warens (o marido a abandonou). Louise tinha vinte e oito anos, era liberal e sem preconceitos, tinha lindos cabelos loiros e bonito corpo. O que acabou despertando um certo desejo em Rousseau, ela acaba virando uma espécie de mãe e amante. Sua vida com ela dividi-se em vários períodos, o primeiro curto, já que é mandado por ela à Turim para abjurar o protestantismo e tornar-se católico. Lá, adquire repugnância ao catolicismo. O que pode ser notado em sua obra, onde ele diz que tal religião é prejudicial, pois divide o cidadão entre dois Estados (o material e o espiritual), tirando-o de seu amor e compromisso para com sua pátria terrena e real.

Depois da abjuração, encontra trabalho na casa de uma família, entretanto acaba abandonando o emprego para viajar com um amigo. Na primavera de 1729, volta para casa de Louise, em Annecy. Ela o manda para um seminário católico para continuar com seus estudos (o instrutor de Emílio foi inspirado nos vigários do seminário). Rousseau aprende música e essa se torna uma paixão na sua vida. Após, levar um maestro da Catedral que estava doente para Paris, ele volta para encontrar Louise. Mas, ela havia viajado. Então, vai perambulando até Paris, ganhando a vida como professor de música. Nada consegue da viagem e vai procurar Louise em Chambéri, onde ela estava residindo.

É seu terceiro período morando com Louise. Essa conta-lhe sobre os amantes que teve e tem, inclusive Rousseau chega a viver um triângulo amoroso. Ela também tenta arrumar-lhe empregos que não dão certo. Esse situação de instabilidade emocional e dependência financeira causou-lhe grande desconforto e acabou por adoecer. Sua crise seria hoje reconhecida como “síndrome do pânico”, sobre tal fato ele diz: “Posso dizer perfeitamente que só comecei a viver quando me considerei um homem morto”.

Desse fato, também pode enxergar raízes de alguns de seus mais notáveis pensamentos, seu desejo e busca pela liberdade. Tal afirmação pode ser melhor esclarecida com uma passagem do livro “As grandes obras políticas” de Jean-Jacques Chevallier: “Não cessou o suscetível e infeliz Jean-Jacques, de sentir “o inconveniente da dependência” (Confissões); de sofrer com vontades particulares, arbitrárias, caprichosas, inconsequentes, daqueles de quem dependia: os seus superiores sociais. Daí, sem dúvida, essa fobia das “vontades particulares”, essa vontade de ver, antes de tudo, na liberdade, a independência em face de todas as vontades particulares.”

Em decorrência de um suposto “pólipo no coração”, ele vai até Montpelier em busca de uma cura. Não precisa nem chegar ao final de seu destino, durante a viagem envolve-se num caso amoroso e fica curado. Então, volta a Chambéri para reencontrar Louise, mas chegando lá essa já tinha outro amante. Decepcionado, em 1740, Rousseau vai embora. Segue para Lyon, onde deveria tutorar por um ano os filhos de Jean-Bonnet de Mably. Não tem sucesso na sua tarefa. Volta mais uma vez para Louise, mas decidi abandona-la definitivamente. Em 1741, segue para Paris, mas antes passa por Lyon para rever amigos e conseguir cartas de apresentação. Leva consigo um novo esquema de anotação musical que inventou e os rascunhos de uma comédia (Narcisse).

Chegando lá, consegue alunos de música e rendimentos para sobreviver. E de relacionamento em relacionamento, chega à Academia onde apresenta seu sistema de notações musicais. Mas, o sistema não foi aprovado, a Academia disse que ele não era novo nem útil. Rameau, autor de óperas, também o considera de leitura mais difícil que o comum. Mas, por causa de seus trabalhos musicais, acaba chamando a atenção de algumas pessoas. Entre elas, Denis Diderot, filósofo que teve grande influência na sua vida. Também consegue vários contatos no meio social o que resulta-lhe em alguns bons empregos. Mas, não consegue manter os cargos.

Diderot, pede pra Rousseau para desenvolver verbetes de música para seu “Dicionário enciclopédico”. Esse o faz em apenas três meses sem receber nada. Porém, consegue se envolver mais no meio intelectual.

No início de 1745, Rousseau assumiu vida conjugal com Thérèse le Vasseur (casou-se com ela apenas em 1768), com quem teve cinco filhos todos enviados para orfanatos com a justificativa que não podiam cria-los.

Em 1749, indo visitar Diderot na prisão, depara-se com o anúncio de um concurso da Academia de Dijon. A questão era se a restauração das ciências e das artes tinha tendido a purificar a moral. Animado com a possibilidade de vencer e com o incentivo de Diderot, ele participa e ganha. Seu ensaio, conhecido sob o título abreviado de “Discurso sobre as ciências e as artes” (Discours sur les sciences et les arts) defende a “volta à natureza”, fala do conflito entre as sociedades modernas e a natureza humana, ao mesmo tempo que denuncia as artes e as ciências como corruptoras do homem. Ele escreveu: “Príncipes sempre viram com prazer a difusão entre seus súditos do gosto pelas artes e por supérfluos que não resultem em dispêndio de dinheiro. Portanto, além de facilitar essa insignificância espiritual tão apropriada a escravidão, eles sabem bem que as necessidades que o povo cria para ele mesmo são como cadeias que o une... As ciências, as letras, e as artes...atam flores ao redor das cadeias de ferro que o liga (o povo), sufoca nele o sentimento daquela liberdade original para a qual ele parece ter nascido, faz ele amar sua escravidão, e o transforma no que é chamado "povo civilizado". Com essa obra fica famoso.

Acabou por adoecer e refugiar-se próximo a Paris. Aumenta seu circulo social, desenvolve uma peça Le Devin du Village que obtem relativo sucesso e é chamado para conhecer o rei Luís XV, mas não comparece e é criticado por isso, inclusive por Diderot. Para justificar sua contradição no desenvolvimento nas artes que ele anteriormente criticara, ele diz que estava servindo um antídoto ao veneno, direcionando armas de corrupção contra a própria corrupção. Uma das consequências da fama adquirida com essas obras é o afastamento de alguns amigos que não sentiam-se confortáveis por não poder competir com ele no campo das artes.

Em 1753, participa de outro concurso da Academia de Dijon, porém não vence. Mesmo assim, é seu segundo escrito sensacional e assegura sua fama. O ensaio que se intitulava “Discurso sobre a desigualdade entre os homens” defende que o homem era bom no estado de natureza (que nunca existiu de fato) e que a sociedade o corrompeu. Foi um precursor do Romantismo. E também abordou assuntos como ecologia, superpopulação e críticas ao absolutismo francês(tipo de governo da época na qual viveu). A lei deve ser igual para todos, e ninguém deve se por acima dela (não aceita o argumento dos reis por “direito divino” que detem todos os poderes em si, não existe um líder “natural”).

Convidado por um amigo, vai à Genebra com Thérèse e pensa em lá residir. Mas, em decorrência da má aceitação do “Discurso sobre a desigualdade entre os homens” naquela cidade, ele fica desmotivado e desisti de voltar. Também o incentivam a não voltar para Genebra o fato de ir para lá residir Voltaire (ele parece não querer dividir os louvores) e um convite de uma amiga para morar numa casinha perto de Paris. Lá, dedica-se as suas duas grandes obras, “O Emílio” e “Do contrato social”.

Em 1757, começa a escrever um romance picante intitulado Julie, no qual insere no personagem principal características de seus principais amores. Durante sua concepção, Rousseau apaixonasse por uma nobre local, mas nada passa de uma declaração de amor de sua parte. Mas, esse amor platônico encaminhou essa sua nova obra para outro direcionamento e também rendeu-lhe uma nova onda de chacotas por parte dos amigos. Juntando-se a esse último fato mais um triste desentendimento de Rousseau com os enciclopedistas, em 1758, ele rompe com esses e com Diderot. Muda-se com Thérèse em dezembro para Montiouis e lá termina seu livro, agora, La Nouvelle Heloise que foi publicada em 1761.

Por essa época, Rousseau apresentou alguns problemas de saúde, mas o médico disse que esse ainda viveria muito. Mais aliviado ele trabalha nas suas obras “Émile” e “Do contrato social”. Na obra citada primeiramente, Rousseau ensina aos pais como educarem seus filhos de maneira mais proveitosa (muitos dizem que isso é uma tentativa do autor de se redimir por ter abandonado os próprios filhos). Ele defendia que nos primeiros anos, a criança deveria ser levada para um campo, longe das influências da cidade grande, e lá apenas estar em contato com seu mestre que deveria orienta-lo no sentindo de fazer nele despertar uma iniciativa para aprender as coisas. Só, na puberdade que ele iria para cidade grande e entraria de fatos nos estudos. Tal educação tinha por objetivo desenvolver o EU natural do aluno.

Em 1761, além da publicação de Julie, Rousseau também lança La Paix Perpètuelle, e tal escrito tem como resposta uma carta cheia de zombarias de autoria de Voltaire. Em 1762, são publicados suas mais importantes obras, “Émile” e “Do contrato social”. E em junho do mesmo ano, as mesmas obras são condenadas pelo Parlamento de Paris como contrários ao governo e à religião. Avisado com antecedência por uma amiga que seria preso, ele foge e acaba por refugiar-se em Yverdum. Mas o Senado de tal região também pretendia prende-lo, então foge novamente e vai residir em Motiers, sob a proteção do rei Frederico da Prússia.

Ressentido, em 1763, renuncia à cidadania de Genebra. No mesmo ano, o Arcebispo de Paris expede um mandado contra ele, em contrapartida muitas pessoas vão ao seu encontro para escuta-lo. Já no final de 1764, Voltaire escreve um panfleto (O sentimento dos cidadãos) acusando-o de hipócrita, pai desnatura e amigo ingrato. Tal acontecimento abala muito Rousseau que começa a escrever suas Confissões. Para completar a onda de críticas, os pastores rebelavam os camponeses contra ele, na rua foi vaiado e levou pedradas.

Para tirá-lo de complicada situação, uma amiga lhe fala de um amigo inglês, David Hume, o qual tinha em Rousseau grande prestigio e queria que o pensador para Inglaterra mudasse. Rousseau foi para lá com Thérèse, onde Hume arrumou-lhe uma agradável caso no campo e o patrocinou. Mas, seu relacionamento com Hume foi abalado por um desagradável engano (engano causado pela mania de perseguição de Rousseau) que, mesmo sendo esclarecido mais tarde, estremeceu a relação que não pode voltar a ser como anteriormente. Em maio de 1767, Rousseau segue para a França.

Lá trocou seu nome por um falso e escondeu-se na casa de amigos. Terminou seu Dictionnaire de musique e esse foi publicado. Depois, sai para Bourgoin e prossegue até Monquin. Nesse período, escreve Confissões.Confissões em público, o que causa certa polêmica. Em 1771, ocupa-se de uma estudo sobre a Polônia que foi-lhe pedido. Volta a Paris para defender-se, mas não é mais perseguido. Toma por hábito ler trechos de suas

Ainda buscando ser aceito pela sociedade, escreve um livro de diálogos com ele mesmo. Tenta colocar esse trabalho sobre proteção de Deus, porém não consegue. E, por isso, ele acha que até Deus está contra ele, perseguindo-o. Por sorte, nos dois últimos anos de sua vida, seu estado mental foi mais tranqüilo. Rousseau nessa época viveu uma vida reclusa com Thérèse, recebendo alguns jovens visitantes. Em maio de 1768, muda-se para Ermenonville, onde morreu por motivos de doença em 2 de julho. Foi enterrado perto de um lago da cidade, mas durante a Revolução Francesa seus restos mortais foram transferidos para o Panteon em Paris. Os pensamentos desse jusnaturalista ainda são observados e discutidos.

Nesse trecho, pode se observar uma breve opinião de Rubem Queiroz Cobra, Doutor em Geologia e bacharel em Filosofia, acerca do pensador: “Rousseau não pretendia que o homem retornasse à primitiva igualdade, ao estado natural, mas, em um artigo encomendado por Diderot para a "Enciclopédia" e publicado separadamente em 1755 como Le Citoyen: Ou Discours sur l'economie politique, ele busca meios de minimizar as injustiças que resultam da desigualdade social. Ele recomendou três caminhos: primeiro, igualdade de direitos e deveres políticos, ou o respeito por uma "vontade geral" de acordo com o qual a vontade particular dos ricos não desrespeita a liberdade ou a vida de ninguém; segundo, educação pública para todas as crianças baseada na devoção pela pátria e em austeridade moral de acordo com o modelo da antiga Sparta; terceiro, um sistema econômico e financeiro combinando os recursos da propriedade pública com taxas sobre as heranças e o fausto.”

Na homenagem ao aniversário do 250º ano da do nascimento de Rousseau, Levi Strauss, que é um grande admirador de Rousseau, lembra que o gênio de Rousseau atuou na literatura, poesia, história, moral, política, pedagogia, música e botânica. Diz que Rousseau fundou a etnologia e foi um agente de transformação.


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Nota pessoal: Tenho muita raiva, mágoa e dor dentro de mim. E me salvo observando os detalhes.